É a partir da adolescência que os relacionamentos amorosos passam a assumir maior significado na vida. As relações são complexas e estão em constante aprendizagem ao mesmo tempo que se vai construindo a identidade, intimidade e a estabilidade do casal.
Num relacionamento saudável ambos os elementos se sentem aceites, seguros e confiantes à medida que vão partilhando objetivos em comum. Há o sentimento de compreender, validar e cuidar do outro. Se, pelo contrário, esses objetivos não são reconhecidos pelos dois havendo um desequilíbrio acentuado e um se impõe sobre o outro, controlando e dominando tudo o que acontece, desrespeitando-o, então é grave.
Numa relação abusiva há um desequilíbrio claro havendo um elemento numa condição de poder que se aproveita com agressividade da fragilidade e vulnerabilidade emocional e física do seu parceiro com intenção de extrair algum ganho enquanto o outro se vai tornando numa pessoa submissa e dependente, incapaz de decidir e reagir por ela própria por medo e receio, culpabilizando-se a maior parte do tempo ao mesmo tempo que a leva ao sofrimento e a desintegração de si mesma.
Compreender o porquê de nos envolvermos neste tipo de relações e porque nos mantemos nelas é algo complexo pois as razões podem ser múltiplas e variáveis e porque não somos todos iguais. Ser vitima de uma relação abusiva pode tornar a pessoa deprimida, isolada, assustada e com baixa autoestima. Não abra mão de si para ser o que o outro deseja.
A sua felicidade depende de si e não do outro, (re)construa-se, dê prioridade ao amor próprio e trabalhe a sua autoestima.
