A relação entre linguagem e pensamento constitui um elo fascinante. Pensamos com recurso às palavras, o que nos permite estruturar quer o discurso quer o pensamento.
A compreensão desta ligação integra elevado valor terapêutico, pois a palavra é o principal veículo de trabalho do/a psicólogo/a e motor de transformação do/a paciente.
A forma como nos pensamos, como falamos connosco próprios/as, tem implicações no modo como agimos sobre o mundo e interagimos com os/as que nos rodeiam.
O nosso discurso interno pode ser essencialmente pautado por pensamento agradáveis e autoinstruções positivas ou, pelo contrário, pode caraterizar-se por ideias e pensamentos negativos, automáticos, refletindo-se na forma como vemos os/as outros/as e traduzimos a realidade.
A ligação entre linguagem e pensamento, impacta emoções, sentimentos e, em última análise, comportamentos. As nossas palavras e os pensamentos dominantes, permitem-nos programar os nossos dias, direcionar a nossa vida.
Um dos objetivos da intervenção psicológica é precisamente a modificação de pensamentos automáticos, de cariz negativo e a sua substituição por pensamentos mais produtivos, que proporcionem atitudes e comportamentos de maior bem-estar. Assim, a palavra constitui tanto motor como objeto de modificação, transformando a realidade e vivências do indivíduo.