O mindfulness, traduzido como “atenção plena”, é uma prática psicológica baseada na capacidade de focar a atenção no momento presente, de forma intencional e sem julgamentos.
Esta abordagem, que tem as suas raízes em tradições assentes na meditação, foi amplamente estudada e adaptada pela ciência moderna, especialmente na área da psicologia e saúde mental. Mindfulness envolve prestar atenção de forma consciente às experiências do aqui e agora, sejam elas sensações físicas, pensamentos, emoções ou estímulos externos. A prática permite que a pessoa observe a sua experiência interna sem tentar modificá-la ou reagir de forma impulsiva. É um treino da mente para estar presente, em vez de se perder em preocupações com o passado ou ansiedades sobre o futuro.
O mindfulness, tem ganho cada vez mais espaço como uma prática eficaz para promover bem-estar, reduzir o stress e melhorar a qualidade de vida. No entanto, o seu crescimento trouxe, também, uma série de mitos que podem desviar as pessoas dos seus reais benefícios. Um dos equívocos mais comuns é a ideia de que praticar mindfulness significa “não pensar em nada”. Na verdade, o mindfulness não procura esvaziar a mente, mas cultivar uma consciência aberta e não julgadora dos pensamentos, emoções e sensações.
É natural que a mente divague, e o objetivo é reconhecê-lo com gentileza e redirecionar a atenção para o momento presente. Há também o equívoco de que o mindfulness seja uma prática religiosa, mas apesar das raízes no budismo o mindfulness pode e é praticado por pessoas com e sem religião. Outro mito é que o mindfulness exige muito tempo, no entanto, praticar mindfulness não requer longos períodos de meditação. Mesmo breves momentos de atenção plena no cotidiano, como focar na respiração por alguns minutos, já podem trazer benefícios.
Entre os benefícios do mindfulness em contexto clínico estão a regulação emocional, capacitando a pessoa para lidar com emoções difíceis sem reações impulsivas; redução do stress, promovendo desaceleração e uma postura mais serena diante dos desafios do dia-a-dia; melhoria do foco e da concentração, facilitando a execução de tarefas exigentes e minimizando distrações; e fortalecimento da autocompaixão, que fomenta uma relação mais saudável consigo mesmo, especialmente em momentos de sofrimento.
Para incorporar o mindfulness na sua vida, não é necessário seguir regras rígidas, práticas simples podem fazer a diferença. O acompanhamento de um profissional capacitado pode potencializar os resultados, especialmente em casos de sofrimento psicológico. Por isso, se deseja explorar o mindfulness de forma estruturada e integrada no seu dia a dia, pode recorrer a um psicólogo, ele poderá orientá-lo e ajudá-lo a utilizar esta prática como uma ferramenta valiosa no cuidado com sua saúde mental e emocional.
